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Online discussion series

Sexta-feira, 21. Junho 2024 6:00 pm – 7:30 pm Salvar no meu calendário

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Böll Global 20: Como redes de direita, antifeministas, antidemocráticas e fundamentalistas religiosas estão minando a democracia na Argentina e no Brasil.

América Latina é uma região cada vez mais polarizada. Atores e governos de direita, conservadores, antidemocráticos e antifeministas estão ganhando cada vez mais influência, chegando aos parlamentos por meio de eleições. Nas últimas eleições presidenciais no Brasil, Colômbia e Chile, os eleitores tiveram que escolher entre candidatos progressistas da (centro)esquerda ou conservadores de extrema direita. A postura dos atores de extrema direita geralmente é similar: eles desejam preservar os privilégios, principalmente das elites econômicas. Com campanhas de desinformação estratégicas e antidemocráticas, eles difundem narrativas e frases de efeito antifeministas, nacionalistas, revisionistas, ultraneoliberais e de negação às mudanças climáticas. Essas campanhas de comunicação rápidas e recheadas de Fake News, alcançam com sucesso grandes partes da população através do Twitter, Facebook, Whatsapp e TikTok. Além disso, a extrema direita utiliza o fundamentalismo religioso como instrumento para alcançar atores tradicionalmente conservadores. Dessa forma, conteúdos radicalmente de direita são normalizados na sociedade. Pressão, cooptação e intervenção, já tem levado alguns países a um processo de erosão de suas instituições democráticas.

Na Argentina, com a posse do direitista libertário Javier Milei, a crise econômica e social do país se agravou ainda mais. Sua vitória nas eleições surpreendeu muitos argentinos. Aparentemente subestimou-se a colaboração de Milei e parte de seu governo com redes de direita internacionais. Estas redes e os partidos conservadores no próprio país contribuíram para essa vitória de Milei. Mesmo após a eleição, ele continua a colocar em risco a coesão social e a confiança na democracia com campanhas de polarização desenfreadas. No entanto, análises dos primeiros meses de Milei aqui na Alemanha frequentemente deixam de lado a crescente difamação das vozes críticas e a interconexão internacional de atores antidemocráticos – colocando o foco em sua política econômica.

No Brasil, após o governo da extrema  direita de Jair Bolsonaro de 2019 a 2022, o progressista Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência no início de janeiro de 2023. No entanto, devido à sua maioria no Congresso e no Senado, as forças de extrema direita em aliança com a direita tradicional continuam fortes e dificultam importantes projetos políticos do PT (Partido dos Trabalhadores) e seus aliados. O governo Lula precisa negociar cada mudança legislativa. Além disso, a vitória de Lula sobre Bolsonaro foi por uma margem estreita, o que demonstra como o país permanece extremamente polarizado.

Também na Europa, os índices de aprovação para partidos e candidatos de direita estão aumentando. Nas eleições da União Europeia em 09/06, espera-se uma guinada à direita. Enquanto Viktor Orbán na Hungria e Giorgia Meloni na Itália lideram governos de direita, em outubro de 2023 os poloneses votaram para retirar o partido nacionalista de direita do governo. Sob o novo governo, o país tenta gradualmente fortalecer novamente as instituições enfraquecidas. Na França, não se descarta uma vitória de Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2027.

Em nossa discussão online, gostaríamos de examinar os atores e governos progressistas e de extrema direita na América Latina e discutir o que a Europa e a América Latina podem aprender um do outro. Em quais redes internacionais os atores de extrema direita estão ativos? Que discursos eles utilizam para alcançar seus objetivos? Como podem ser desenvolvidas e fortalecidas narrativas e estratégias contra a erosão dos valores e instituições democráticas? E o que uma aliança internacional de atores democráticos pode se opor aos governos de extrema direita que já cooperam entre si?

Com:

  • Michael Alvarez Kalverkamp, Diretor, Fundação Heinrich Böll, Buenos Aires, Argentina
  • Marilene de Paula, Coordenadora de Programa Democracia e Direitos Humanos, Fundação Heinrich Böll, Rio de Janeiro, Brasil

Comentários de

  • Joanna Maria Stolarek, Diretora, Fundação Heinrich Böll, Varsóvia, Polônia


Moderação de Layla Al-Zubaidi: Chefe da Divisão de Política Internacional

 

Contato:
Mareike Bödefeld
Fundação Heinrich Böll
E boedefeld@boell.de


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